segunda-feira, 31 de agosto de 2009

ao amigo joão Antunes

Fim

Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!
Que o meu caixão vá sobre um burro~
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
Eu quero por força ir de burro.

Mário de Sá Carneiro

1 comentário:

  1. Andar grávido da morte e
    ávido de silêncio
    Desejar o desconhecido que se abraça, nos instantes da eterna ausência.
    Buscar no vazio a essência da saudade
    que se esconde no longo labirinto das nossas veias.
    E sentir a dor em lágrimas de fogo
    que caem sobre um rosto queimado.

    E dizer: entre o princípio e o fim, apenas um sopro,
    Uma mera FANTASIA

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